Protocolo IV e V
No dia 20/05/2013, assistimos a
um vídeo de dança performática com o tema boi. Neste vídeo duas alunas do curso
de teatro, desenvolveram passo do bumba meu boi voltado para a dança performática.
Porém, segundo o professor Leônidas uma das alunas não se sentia capaz de
desenvolver o trabalho, por não ser maranhense, ela achou que não poderia
contribuir com nada para a formação do passo, só que ao final a sua diferença teve
um grande desempenho para finalizar o Boi. Após esse vídeo, assistimos outro, o
“Oxum” das águas, onde a aluna do curso de teatro da UFMA, fez um estudo sobre
o sincretismo religioso para elaborar sua performance.
No dia 24/05/2013, assistimos aos
vídeos do Grupo Cara de Arte, projeto coordenado pelo professor Leônidas. O
vídeo depoimentos de jovens artistas mostra o quanto a Dança se tornou
significativa para a vida de crianças e adolescentes da Santa Clara, contribuindo
também para melhorar autoestima e diminuir as desigualdades.
Percebe-se que não precisa ser
dançarino, bailarino para fazer dança, mas apenas ter vontade de participar.
Protocolo V I
No dia 27/05/2013 o professor Leônidas,
ministrou uma aula sobre o contexto histórico, características da performance e
seus importantes percursores.
A performance envolveu a ação a
ação plástica ou artística, onde o corpo é o elemento fundamental sendo este um
tipo de arte efêmera que envolve a pintura e escultura, que são registradas
através de vídeo e fotografias. O artista através da performance, elabora um
trabalho em que a plateia, possa interagir com ele, ou seja, é interação
público e trabalho. Segundo o professor a performance é efêmera, porque o
pensamento não é o mesmo e nem o corpo, quando há um grande número de
apresentação de um mesmo trabalho.
A performance surge em 1920, em
Berlim, na 1ª feira dada em um evento de sucesso realizado pelos aristas, com a
denominação de Happenings. Já em 1952, John Cage, artista norte-americano,
compôs uma música 4’33, onde ele não tocava nada, o que havia eram os sons a
redor, ou seja, público som. Também em 9 de março de 1960 em Paris, Yves
Klein, criou um azul, onde pintava o
corpo, geralmente feminino, e os artistas começavam a se mover no espaço. Em 1960,
Alan Kaprow, artista Norte Americano, propõe a sensação visual, a partir da
interação com os objetos em sua obra 18 happ enings in 6 partes, 1964 Wolf
Vostel, artista alemã, desenvolveu um trabalho, onde 300 pessoas sentiam a
sensação de reatores de 3 aviões de combates ligados, com a duração de 12 min.
Já em 1961, Naw June Paik,
utiliza um violino sendo arrastado por uma corda em vários lugares. 1964-
Joseph beuys, passa dias conversando com um coité selvagem, para copreender
melhor a essência das novas tendências artísticas,alem de também protestar
contra a intervenção militar dos EUA no Vietinã, 1979, Mart Minujin, cria uma
obra, chamada “ O Obelisco de pão-doce’, na 2ª Feira das Nações em Buenos Aires
e 1979, Marina Abromovic, artista da Servia, usa o corpo como território de
exploração através da respiração boca-a-boca, trabalho denominado por ela como
Amplificação de som e dióxido de carbano, com a duração de 17 min, terminando
como o desmaio dos dois.
Segundo Leônidas “o artista de
hoje não efeito de negação, mas sim de um processo de acumulação de tendências,
olhares, conhecimentos que geram uma linha de pensamento”. Falou-se também
sobre Instalação e Intervenção. Na Instalação, os artistas colocam um trabalho
para o público apreciar, mas sem que haja interação, já na Intervenção (Flex
movel) os trabalhos desenvolvidos são criados em forma de protesto.
“O HOMEM VERMELHO”
Ao entrar no teatro, percebemos
que o palco estava escuro e a plateia pouco iluminada. Quando o espetáculo
começou, desligaram-se as luzes e o ar condicionado, restando apenas por alguns
minutos às luzes de celulares ligados.
Meus colegas de turma e o
professor Leônidas sentaram perto do palco. Encontrei também a professora de
Arte Isabel Mota no teatro. Antes de adentramos ao teatro, teve uma fila. O
espetáculo começou com o artista Marcelo Braga tocando um instrumento e
poetizando com as letras do alfabeto para contar sua trajetória de vida. Neste
momento não podíamos ver o artista, mas apenas ouvir sua música e seu poema.
O artista utilizava as letras do alfabeto
para contar sua trajetória de vida, de combate aos anos que esteve doente e
longe dos palcos. Em cada palavra pronunciada pelo artista, seu corpo ao mesmo
tempo expressava com formas diferentes. Estes nomes eram de cidades, artistas, pessoas
de sua família, nomes científicos, da medicina, etc.
Paralelo à apresentação do
artista, depois de alguns minutos assistimos a um vídeo, onde o artista passava
por um processo de cirurgia a laser. Esse vídeo foi colocado ao lado do
artista. Eu não sabia se assistia o artista encenando ou o vídeo, onde o mesmo
estava nu, passando por um processo cirúrgico.
O que sentir, ao assistir O HOMEM
VERMELHO, é que a doença foi um processo bastante doloroso para o artista.
MARÌLIA MOTA