domingo, 2 de junho de 2013


 
PROTOCOLO V
Performance
 
 
O surgimento da performance ocorreu na década de 60, nos Estados Unidos. "Ricas em metáfora e simbolismo, as primeiras performances acontecem como reação a uma década em que os traços de trauma do pós-guerra estavam sendo lentamente apagados pelo consumismo".

Nos anos 60 temos um movimento também essencial para o surgimento da performance: o happening, que é uma forma de arte caracterizada por dispensar um texto ou programa prefixado – visto que não tem como objetivo contar uma história – e investir no acaso, no imprevisto e no aleatório.

A diferença entre performance e happening, está no fato de a primeira ser mais elaborada e preocupada com a sua forma estética do que a segunda, que está focada no improviso, na espontaneidade, na livre associação de ideias e no radicalismo.

A Performance engloba várias formas de manifestação: pintura, escultura, música, dança, filmagem, poesia, diálogo, etc.

Em uma performance pode-se utilizar um imenso leque de elementos cênicos o que, mais uma vez, a coloca em uma posição diferente à do teatro. Nessa nova arte, não há uma supremacia do ator sobre os elementos. A cena é formada por diversos signos, inúmeras informações e o ator, muitas vezes, representa apenas mais um elemento do espetáculo.
A performance coloca ao artista um teatro que não resulta unicamente em uma representação, mas em alguma coisa mais próxima da vida.

Resumindo, as performances têm uma característica de evento, repetindo-se poucas vezes e realizando-se em espaços não habitualmente utilizáveis para encenações, valorizando o processo criativo mais do que o resultado artístico, porém não abrindo mão de dar um acabamento estético às apresentações.
 
 
Suanielle F. Bastos

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