PROTOCOLO V
Performance
O surgimento da
performance ocorreu na década de 60, nos Estados Unidos. "Ricas em metáfora e simbolismo, as primeiras performances
acontecem como reação a uma década em que os traços de trauma do pós-guerra
estavam sendo lentamente apagados pelo consumismo".
Nos
anos 60 temos um movimento também essencial para o surgimento da performance:
o happening,
que é uma forma de arte caracterizada por dispensar um texto ou programa
prefixado – visto que não tem como objetivo contar uma história – e investir no
acaso, no imprevisto e no aleatório.
A
diferença entre performance e happening, está no fato de a primeira ser mais
elaborada e preocupada com a sua forma estética do que a segunda, que está
focada no improviso, na espontaneidade, na livre associação de ideias e no
radicalismo.
A Performance engloba várias formas de
manifestação: pintura, escultura, música, dança, filmagem, poesia, diálogo,
etc.
Em
uma performance
pode-se utilizar um imenso leque de elementos cênicos o que, mais uma vez, a
coloca em uma posição diferente à do teatro. Nessa nova arte, não há uma
supremacia do ator sobre os elementos. A cena é formada por diversos signos,
inúmeras informações e o ator, muitas vezes, representa apenas mais um elemento
do espetáculo.
A performance coloca ao artista um teatro que não resulta unicamente em uma representação, mas em alguma coisa mais próxima da vida.
A performance coloca ao artista um teatro que não resulta unicamente em uma representação, mas em alguma coisa mais próxima da vida.
Resumindo,
as performances
têm uma característica de evento, repetindo-se poucas vezes e realizando-se em
espaços não habitualmente utilizáveis para encenações, valorizando o processo
criativo mais do que o resultado artístico, porém não abrindo mão de dar um
acabamento estético às apresentações.
Suanielle F. Bastos
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