sexta-feira, 19 de julho de 2013

Impressões sobre Mulheres de Shakespeare



1-      Síntese do Espetáculo.
Este relatório é referente a apresentação do dia onze de julho do ano corrente, e trata do aspecto psicológico de três personagens das peças de Shakespeare, nos primeiros atos as atrizes se apresentam cumprimentando as mulheres que estão na plateia, deixando claro que trata-se de um espetáculo que aborda o lado psicológico das mulheres, auto-estima, obrigações domésticas, pressão da sociedade, sexualização do corpo feminino.
O cenário era simples, e extremamente expressivo por ter como cor única o vermelho, que expressava no contexto da peça, drama, sensualidade, vivacidade, agonia. As sensações provocadas pelo vermelho variavam de acordo com o a dinâmica das atrizes.
A dança foi um elemento significativo na apresentação, e marcava as passagens das personalidades abordadas, assim como enfatizava a dramatização. Haviam coreografias de ritmos diferentes, marcados pelo toque de um banjo, notas de piano, e cantadas a capela.
A nudez pôde ser percebida no espetáculo como uma situação de desespero, negação, agonia.

2-      Integração das Linguagens Artísticas.
Para o espetáculo houve o estudo psicológico das personagens de Shakespeare, extraindo traços pontuais que as traduziam, esses momentos são transpostos para cenas, e também servem de fundo para a inspiração e criação de coreografias, fundindo dança e teatro. O cenário parte da cor, elemento fundamental de expressão, utilizado repetidas vezes, o que cria um leque de leituras sensitivas, que são provocadas pelo trio: interpretação, dança e cor.
Dessa forma o espetáculo conversa com todas as linguagens artísticas, o que reforça a intencionalidade do tema: mulher em todas as suas possibilidades.

3-      Utilização das Linguagens Artísticas Integradas em Sala de Aula.
A partir da apreciação do espetáculo, podemos criar momentos que integrem as linguagens como propostas e desafios para os alunos, trabalhando os fundamentos de cada linguagem é possível desenvolver trabalhos diferenciados e promover a formação cultural e olhar sensibilizado do aluno.



4-      Anexos

 


Renata Silva de Vasconcelos.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ilmara Almeida

 Protocolo III - Arte Performática

A performance deverá ser compreendida a partir dos desenvolvimentos da arte pop, do minimalismo e da arte conceitual, no período de 1960 e 1970. Nesse contexto, instalações e performances são realizados, mostrando uma nova orientação para a arte, para as criações artísticas voltadas as natureza, a realidade urbana, as coisas do mundo.
Combinada a elementos das artes, dança, música e  teatro, cada indivíduo, conscientemente, reversa no interior da própria performance, a sua pessoal bagagem cultural e emotiva.
Aquele corpo que dança, dentro ou fora da cena, entregue ao olhar do público, ele não é feito de maneira ingênua ou primitiva, ele é um corpo treinado, preparado para sua presença ser eficaz e então dotado de virtuosismo e artificialidade que põe a performance na situação fora do cotidiano.





Ilmara Almeida

Protocolo - I


Em nossa primeira aula, conversamos com o professor, que explanou com os alunos alguns de seus trabalhos já realizados, a didática que seria utilizada em sala e um possível desenvolvimento de um trabalho ao final da disciplina, o qual ficaria a critério dos alunos os temas e ideias, a serem aperfeiçoados futuramente.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Petronilha Morais - O Homem Vermelho



 








 Marcelo Braga - É dançarino e coreógrafo e iniciou seus estudos na Escola da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes (Belo Horizonte). Com o Atelier de Coreografia, se apresentou nos principais teatros do país e em diversos festivais no Brasil e no exterior, com sucesso de público e da crítica especializada.
O espetáculo expõe de forma sensível e bem-humorada o drama real do seu protagonista, o dançarino Marcelo Braga, acometido por um raro câncer de pele que o afastou dos palcos por quatro anos.
Pesar e superação – Como trunfo – e objetivo maior – a peça transpõe para a plateia toda a particularidade da dor da reclusão do tratamento, mas sem cair na armadilha da vitimização. Neste encontro, além da habitual comunicação complementar entre dança, teatro, cinema e música, Marcelo inaugura um campo de reflexão com seus novos parceiros para criar um lugar de atuação renovado. Em cena, o linfoma também é personagem aprisionador, que relega o dançarino a observar o mundo por frestas em espaços privados.
Da janela de seu apartamento em Copacabana, pelos corredores e salas de espera de consultórios e hospitais, o artista foi construindo, pouco a pouco, a travessia narrativa da sua condição de paciente, que revisita com humor e otimismo as estratégias diante da doença.

Petronilha Morais - Livro: A artista do corpo - Integralização das artes



“O tempo parece passar. O mundo acontece, desenrolando-se em momentos, e você pára e olha de relance para uma aranha comprimida contra a teia. Há uma nitidez de luz e a sensação de que as coisas estão precisamente delimitadas e listras reluzentes na superfície da baía. Você sabe melhor quem você é num dia de luz forte depois de uma tempestade, em que a mais miúda folha que cai é transfixada pela autoconsciência. O vento arranca um som dos pinheiros e o mundo se faz, irreversivelmente, e a aranha paira na teia balançada pelo vento”.
A primeira cena pega o leitor rápido. São poucos eventos no dia do casal. Ele e ela se esbarrando na cozinha, o jeito que eles convivem, uma descrição fragmentada de um dia típico na vida.
No segundo capítulo, ele já morreu. E começa uma insólita história de como ela, a viúva, encontra uma figura meio humana, meio não, meio inteligente, meio não, que a visita naquele casarão em que ela fica agora, sozinha.
A ideia do livro parece ser a de causar estranhamento. Como num sonho. Como numa metáfora surreal.
“Uma artista que mescla teatro e mímica e toma o corpo como estátua plástica e viva, último reduto de sua alma fragilizada por um luto recente. Lauren, depois da morte do marido, se fecha para o mundo na praia despovoada onde viviam, no casarão alugado de muitos quartos vazios. Ali ela encontra um homem de origem e idade indefinidas, de existência quase irreal, um ser masculino que parece conhecê-la desde sempre. É capaz de imitá-la, e a seu companheiro morto, com perfeição sobrenatural. Na companhia do intruso, Lauren Hartke, a artista do corpo, testa os mistérios da percepção humana e os limites do tempo, "a força que nos diz quem somos".
Na contracorrente de suas obras anteriores, inventários selvagens e algo surreais da vida americana (o monumentalSubmundo, por exemplo) DeLillo oferece-nos uma narrativa curta e delicada - embora de leitura igualmente desestabilizadora”.

Petronilha Morais - Movimento Laban




Laban desenvolveu suas teorias na primeira metade do séc. XX, influenciado pelo racionalismo da época, que buscava uma linguagem objetiva, científica e portadora da verdade e pela psicanálise nascente que via na subjetividade a fonte da verdade. Para suas teorias espaciais, Laban buscou apoio na geometria euclidiana.
Para Laban o Corpo faz parte de uma relação estrutural que inclui ainda Esforço, Forma e Espaço, categorias que se inter-relacionam e informam-se mútua e continuamente.
Assim temos: teoria e prática, função e expressão, interno e externo, mobilidade e estabilidade, Peso leve e forte, etc, como exemplos de dualidades que dialogam em gradação contínua.
O Sistema Laban é, desse modo, um sistema aberto, em constante renovação, como a própria escrita do Laban indica. Essa linguagem dinâmica exige um olhar que se sabe parcial, ela nos permite versões sobre o movimento, indica lugares de experimentação sem pretender querer alcançar a verdade do objeto que observa. Em sua metodologia procura-se observar e estar atento, curioso, às diversas manifestações de movimento, diversos tipos e estilos de dança, corpos diferentes, peculiaridades e diferenças, atividades diversas, enriquecendo dessa forma o nosso olhar sobre o outro e ampliando a percepção das relações corpo-espaço.
Temas labanianos: Interno/ Externo; Mobilidade/ Estabilidade; Função/ Expressão; Ação/ Recuperação; Complexidade/ Simplicidade – dualidades, polaridades de um continuum. A compreensão da dualidade dentro de uma unidade está enraizada em nossa experiência de nossa forma física em nosso ambiente – assim temos, por exemplo, a vertical (em cima e embaixo) alinhada à tensão gravitacional; a experiência de nossa bilateralidade simétrica (lado direito e lado esquerdo; frente e atrás); nossa respiração (para dentro, para fora); estar acordado ou dormindo. Dualidade – contextual relativa (eu sou baixa ou magra em relação à quê? Ou quem?)