terça-feira, 9 de julho de 2013

HOMEM VERMELHO

Maricéa Machado





Há três anos afastado da cena, como intérprete, o dançarino passou a observar o mundo através de frestas em espaços privados. No lugar do palco aberto ao público, a casa se tornou o cenário e observação da sua própria trajetória. Da janela de seu apartamento em Copacabana, pelos corredores e salas de espera de consultórios e hospitais, durante um tratamento de linfoma, o artista foi construindo, pouco a pouco, o percurso narrativo desta criação, que revisita, com humor e otimismo, fatos e histórias de sua vida. Como em um jogo da memória, peças vão sendo viradas, uma a uma, a procura de seu par.

Marcelo Braga




Iniciou seus estudos de dança em 1979, na Escola da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG), integrando seu corpo de ballet no ano seguinte, tendo como principais professores: Carlos Leite, Betina Bellomo, Hugo de La Valle e Hugo Travers. A partir de 1982, em Juiz de Fora/MG, dança peças de João Saldanha, Rodrigo Pederneiras, Ana Mondini, Lourdes Bastos e Victor Navarro especialmente criadas para a Corpus Cia. de Dança. Em 1987, muda-se para Nova Iorque, onde aperfeiçoa seus estudos de dança clássica na escola do Joffrey Ballet e de dança moderna na Alvim Ailey Scholl. Em 1989, de volta ao Brasil, passa a integrar o Atelier de Coreografia, dirigido por João Saldanha, colaborando desde então, como assistente, cenógrafo, figurinista e bailarino nas criações da companhia. Em 1999, recebe o Prêmio RioDança de melhor bailarino do ano e em 2005, com Saldanha, parte para uma residência na Citè dês Àrts em Paris/FR, onde consolidam parceria com a Bienal de Dança de Lyon para co-produção e apresentação do espetáculo Extracorpo. Ainda na França, participa de residências no Centre National de La Danse e no Micadanse. Com o Atelier de Coreografia, vem se apresentando nos principais teatros do país e em diversos festivais no Brasil e exterior, sempre com sucesso de público e da crítica especializada.


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